
eu busquei o glamour
onde a vida não podia me dar as mãos
mas eu abria o sorriso
e você me via com perfeição
e toda alegria não era eu
era o prozac
e enquanto você curtia o novo seriado na TV
eu chorava, e minhas lagrimas
escorriam pelo Box e misturava-se
a água suja do meu corpo
a sensação que você gostaria de ter
era a mesma que eu quis me libertar
e toda noite estive presa
e por baixo de toda maquiagem e grana
havia a doença, as olheiras de noites perdidas
mas ainda assim
quando fui presa por porte de drogas
você me amou
e quando fui presa por dirigir bêbada
você me amou
e eu pergunto, que porra você é.
porque me vê como Deusa
nessa sua tela quadrada
porque não me enxerga por dentro?
E eu não consigo entender
se sou tão especial
porque não tenho ninguém comigo
quando preciso
e toda vez que você sorria
com o humor negro da vida
eu derramava meu próprio sangue
que depois as cicatrizes seriam
sufocadas pela make up
e o sorriso forjado alegra sua vida
mas quem precisa saber se eu sofro?
Se eu sangro e morro...
mas na verdade, eles me usam
para seus desejos de perversão
eu repudio...
e quando sou a primeira
gostaria de não estar presente
nem ser chamada para falar
nem ouvir idiotices
de bocas hipócritas
onde beleza e glamour
matam, estupram
eu perdi minha inocência
eu vendi a minha alma
ao diabo e ao sofrimento
eu vendi a minha alma para brincar
de ser alguém que nunca serei
uma boneca plástica, sem vida
na prateleira da sua casa.










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