Mais uma vez caminho solitária
Pelas minhas feridas
Entre dúvidas e chocolates
O amor bateu à minha porta.
Agradeci, mas não pude suportar
O peso chamuscando pelas minhas entranhas.
Seu olhar me mata!
Meus segredos...
Mais um dia sozinha,
Dividida entre o vazio escuro
E o embalo dos seus braços.
É o fim...
Morremos uma para a outra.
Afundo como um veleiro
Que naufraga em mar aberto.
Entregue aos tubarões, ao mundo...
Ao nada e ao tudo.
Às vezes minha dor suplica por seu amor
Mas arde em febre.
Antes que eu destrua, estou partindo.
Com meu coração despedaçado
Dúbia, como sempre...
Se não caio em contradição
Não tenho vida.
Desisto do afeto
Que me torna fraca.
Desiludida com o amor
Que me torna exausta.
Sinto a chuva em meu corpo
Possuindo-me, e minha tristeza anseia pela liberdade.
Estou livre mais uma vez.
Mais que o amor e o afeto
Mais que as mãos amáveis
Mais importante que pertencer
É estar livre para ser a si mesmo
Estou pronta para assassinar o amor que tenho por ti.
Adeus...
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