Carta ao coreógrafo da minha tristesse


Eu amo o cheiro do asfalto
A chuva que se joga lá do alto
E amo as mãos que me apóiam ao cair
E os pés que me sustentam ao levantar
Eu amo o beijo no seu rosto, seu pescoço
E amo o jeito como ouve o que eu digo
Eu amo a iluminação noturna
Os pássaros no inicio da manhã e
Amo tudo e qualquer coisa que me faça sorrir

Amo os cortes no meu corpo
Pois me mostram viva.
Eu amo a dor q sinto no peito
A angustia e as feridas
Mas eu amo o nó na garganta
O trago no cigarro
E amo seu sorriso enquanto choro ao seu lado

Amo as tochas acesas ao final da tarde à beira do mar
Amo um poema que espalha meu sofrimento
E amo minha dor e amo a solidão
E amo estar contigo
E amo estar no vão

Amo seu suspiro, o gozo asfixiado.
Amo sua jovialidade, sua alegria, seus abraços
E amo, ainda o amor que tenho por ti
E amo está acordado para te ver dormir
E amo tudo em silêncio
E beijo as pontas dos pés
E em uma valsa calada
Coreógrafo da minha tristesse
Caminha por águas claras
Em meio ao amor inerte.

1 comentários:

Juca Lordello disse...

;(

Blues.

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