O amor


O amor é algo assim,
vai chegando de mansinho.
bem, mal pede licença,
de repente se instala,
não paga aluguel nem nada.

Um dia lindo, sempre com cores,
ah, é o amor instalado em nossas entranhas.
Daí vem a chuva, o sol, o verão, primavera,
chega o inverno e a ventania desmancha nossos penteados.

Mas, depois, chega o tempo,
que desbota as cores,
que desgasta o sentimento
e o amor se transforma em ódio ou amizade.

O outro começa a ser detestável
e tudo, mas, tudo que diz é motivo para briga.
Na cama, tudo esfria, fica gelado,
ou então arde, queima e só.

Mas uma coisa é certa:
O amor é um intruso
filho da puta,
desgraçado,
e agora o estou chutando
da porta pra fora,
escada abaixo,
asfixiando,
fazendo sei lá mais o que,
torturando o amor,
até que seu último suspiro seja
o perdão por existir.

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