
Fotografia e texto: Diana Magnavita
Ser livre. Liberdade: (segundo Aurélio) Condição de uma pessoa poder dispor de si; faculdade de poder fazer ou deixar de fazer uma coisa; livre arbítrio; faculdade para praticar tudo aquilo que não é proibido por lei; o uso dos direitos humanos livres.
Na verdade apenas os fenômenos naturais são realmente livres, eles não dependem de direitos ou de leis que proíbam seus atos. Liberdade é poder voar, poder seguir por todos os lugares e mundos, mesmo que presos aos pensamentos. Liberdade, liberdade para mim é o mesmo que libertinagem: (segundo Aurélio) Licenciosidade; [gir.] sacanagem.
Para mim libertinagem é o mesmo que liberdade para os fenômenos naturais, aplicada aos seres humanos. O que esperar de uma vida que você não pode estar com seu semelhante sem ser apontado, ou simplesmente ter que se esconder.
Beijos apaixonados, amor verdadeiro, prisões emocionais, confusão mental.
Os animais se comportam de maneiras diferencias, mas nós achamos que são todos iguais. Como a velha piada do caminhão de japoneses.
A minha sensação, desde a pré-adolescência de quedas inusitadas e posteriores desmaios, me lembra um pássaro de asas quebradas lutando contra sua sina.
O meu peso torna-se infinitamente leve e vice versa, em uma bola de neve inconstante, não pede para entrar nem tem hora de despedir-se. O tédio assim também age e principalmente a triste fragilidade da depressão ou a ansiedade apática e por algum tempo eufórica. O pânico, o medo da verdade, o medo de lutar contra o enorme bombardeio do lado de fora através da porta. O toque humano que por algum motivo dispersa meus sentimentos e por outras aguça profundamente, e por fim a profunda melancolia de existir ao redor dos seres humanos, que não transmitem confiança.
Onde está o erro? Como o amor aprisiona, liberta e mata? Como a paixão nos provoca sensações de dor e alegria? E como você pode se libertar de tudo e não fracassar? Ou simplesmente, ser o que deseja mesmo que esse desejo seja apenas um esboço, mesmo que seus sonhos de criança e que foram modificando e outros foram sendo agrupados a antigos desejos e assim você desiste de tudo, porque sente que não tem futuro e que nada que você desenvolver poderá ser compreendido. Como se livrar do que você não sabe se livrar, dentro dessa prisão de medo e ansiedade? Não tente abraçar o universo com os pés e as mãos, é muito gigantesco, escuro e misterioso. Embora mistérios atraiam curiosidade, você pode ser vítima dessa prisão. A prisão que é a sociedade, a prisão que te olha com olhares repulsivos por trás da cela de ternos e contas bancárias, por trás dos grandes destruidores do que é natural. Seria mais alegre se não precisasse de dinheiro para viver, mas até para morrer é preciso de dinheiro, porém podemos viver sem luxo, mas na prisão eles te motivam a desejar o maior dos sonhos megalomaníacos: aplausos aos grandes senhores de engenho modernos, aplausos aos grandes homens em seus ternos de luxo e a sua ditadura midiática, aplausos a todos os brasileiros funestos e dependentes dessa carnificina televisiva, aplausos para os impotentes a isso, aplausos aos vitimados, aplausos aos hipócritas, ao tráfico de armas, drogas, órgãos e mulheres, aplausos à bestialidade e a pedofilia, aplausos ao meu discurso inútil e ilegível.
AMÉM.
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