Luzes acesas
O céu parece em chamas
Mas meu coração está poluindo
As lágrimas, como gostaria que virassem cristais
Estaria rica...
Do que valem as lágrimas se delas não posso ganhar dinheiro
Do que vale existir se não sei viver?
O tempo passa impetuoso e não perdoa
Eu perco o controle
O medo, ódio distorcido engolem minha existência
Eu não sou ninguém
Quanto tempo espero por uma dessas luminárias em minha vida
Sim, achei que lutei...
Estou me tornando burra e sem esperanças
Estou me tornando seca e sem rumo
Sem futuro
Seria possivel eu sumir em minha existência cresta
Estou infantil, com medo de sombras que devoram sonhos
Eu estou solitária
O mundo acabou para mim...
Mas ainda há uma chance e estou me esforçando pra não perder
Eu a amo tanto que quero morrer dançando
No meio de um palco extenso de um teatro de arquitetura antiga
Quero partir para esse mundo distante
Não estaria fugindo
Estaria sendo encontrada...
Gostaria que meu sonho se tornasse real...
Eu desejo profundamente e tão intensamente
Que consigo desenhar em minha mente todas as possibilidades
Ilustrando cada passo no lugar que nunca fui
Angustia imaginar que poderei nunca encontrar esse lugar
E morrer em uma cama de hospital com pessoas inflamando doenças
E suas carnes oriundas de sofrimentos
Presa a um leito frio e desgastado
Lute ate o fim, ele me disse...
Não deixe que nada atrapalhe seus sonhos
Difícil explicar quem disse.
Um amigo. Um irmão...
Alguém que me ama.
Eu preciso existir por isso.
Preciso lutar por unicamente isso
Mesmo que haja fome
Mesmo que haja frio
Mesmo que nem todos os dias a felicidade esteja para uma visita
Se campos minados, homens-torniquetes ou tubarões urbanos
Tentem esmagar minha cabeça
Eu estarei ali, erguida, mesmo que esteja morta por dentro.
Sobe as escadas e ouve como cantar alivia dores emocionais
E a bailarina voa sobre os sofrimentos, voa sobre toda "tristesse”
Porque na consistência do seu corpo está a força de toda manhã
Cantando e sorrindo para o dia que chega enevoado.
E Francisco reverencia nas platéias
Deitando todas as noites levando essas lembranças
Mesmo que os medos infantis invadamo quarto na madrugada de setembro.










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